Movimento Retilíneo Uniforme
O Blogger é elaborado por Valmisa Ribeiro de Lima e Antônio Longuinho Acadêmicos do Curso de Licenciatura em Física do IFRO.
É oportuno ressaltar que o
ensino da física tomou um impulso considerável nos anos de 1960, motivado pelo
desenvolvimento científico e tecnológico ocasionado pela “corrida espacial”
(BARROSO; RUBINI; SILVA, 2018) que, ao gerar novas
carreiras técnicas oferecendo oportunidades profissionais, produziu a sensação
da necessidade de se estudar física para uma melhor colocação na vida, ou para
compreender a nova realidade (NEIDE et al.; 2016).
No Brasil, principalmente nas
escolas publicas, o ensino da física é realizado sem a utilização de um
laboratório de ciências, fator este, que reduz a possibilidade de conhecimento e
prejudica a aprendizagem dos estudantes, visto que é ofertado de modo
descontextualizado, devido à ausência entre outros recursos, também o de cunho tecnológico
(NEIDE et al.; 2016).
Desse modo, nas escolas
brasileiras, é necessário se pensar em alternativas para solucionar e/ou minimizar
tais complexidades relacionadas ao ensino da física, ações, que amenizem as
deficiências da formação básica tão retratadas ultimamente, principalmente nas
avaliações em larga escala
MOVIMENTO RETILINEO UNIFORME
Ao fala-se em movimento, podemos insinuar que o objeto está em movimento quando ele altera sua posição em relação aquele que está observando. Essa transição entre deslocamento e tempo de deslocamento denominamos de velocidade.
Vale ressaltar que se ao longo do tempo, o objeto move-se com velocidade igual chama-se movimento uniforme. Entretanto, sabe-se que a velocidade pode alterar a cada instante em que a observamos. Portanto quando ocorrer esse alteração na velocidade conforme a mudança de instantes a isso denominamos Movimento Uniformemente Variado (MUV).
Temos então a aceleração que a denominação de taxa em que a velocidade oscila conforme o tempo.
Aceleração média (am): razão entre variação da velocidade (Δv) e o tempo (Δt) a que se refere essa variação:
Aceleração média (am): razão entre variação da velocidade (Δv) e o tempo (Δt) a que se refere essa variação:
Movimento progressivo
É quando o objeto movimenta-se em mesmo sentido que a trajetória.
Sob tal perspectiva temos então determinadas considerações a serem feitas: se então o modulo da velocidade eleva-se conforme o instante têm-se um movimento acelerado progressivo. Ou se o modulo reduz conforme o instante denomina-se movimento retardado progressivo.
![](https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2007/04/movimento-progressivo.jpg)
Objeto e trajetória no mesmo sentido
Movimento acelerado progressivo
|V2 |> |V1| velocidade eleva-se com o tempo.
Movimento retardado progressivo
|V2| < |V1| velocidade reduz com o tempo.
Movimento retrógrado
Denomina-se movimento retrogrado quando o objeto movimenta-se em sentido contrário a direção da trajetória. Nesse sentido, quando o modulo da velocidade eleva-se com o tempo, têm-se um movimento acelerado retrógrado e se o modulo reduz denomina-se retardado retrógrado.
![](https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2007/04/movimento-retrogrado.jpg)
Objeto e trajetória em sentidos opostos
Movimento acelerado retrógrado
|V2| > |V1| velocidade eleva-se conforme o tempo.
Movimento retardado retrógrado
|V2| < |V1| velocidade diminui de acordo com o tempo.
De acordo com os valores a velocidade pode ser negativo ou positivo, desse modo a aceleração pode deter esses valores positivo ou negativo em função da velocidade. Pois a oscilação do tempo é sempre positiva.
Assim a formula da aceleração, têm-se:
Ao relacionarmos as variações de velocidade e tempo, temos:
Considerando t0, tempo de inicio, como zero:
Tal equação é chamada de função horária da velocidade. Assim, pode-se verificar a velocidade (v) de um determinado objeto, para cada instante (t) de sua trajetória.
Desse modo o gráfico dessa equação pode ser exemplificado da seguinte forma:
Desse modo o gráfico dessa equação pode ser exemplificado da seguinte forma:
![](https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2007/04/funcao-horaria-velocidade.jpg)
Ne contexto o gráfico descrito acima retrata um objeto com a aceleração positiva. Vale salientar que quando iniciou-se a contagem do tempo (t = 0) o objeto estava em movimento (sendo portanto, sua velocidade inicial diferente de zero).
![](https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2007/04/funcao-horaria-velocidade2.jpg)
O gráfico acima é um exemplo de aceleração negativa. Segundo o gráfico anterior, o objeto começa o movimento de acordo com a contagem do tempo, assim, a velocidade de inicio é zero, continuando em um sentido oposto, conceituando-se como um movimento retrógrado retardado.
Portanto, após a função horária da velocidade e do gráfico pode-se presumir outra função a de espaço.
Desse modo, vale enfatizar que do mesmo modo que a velocidade oscila como tempo (t), a posição (s), o espaço que o objeto ocupa no tempo, também modifica-se conforme a sua posição de inicio (So).
Em algumas equações não tem-se dados sobre a trajetória e nem há quanto tempo o movimento ocorre, assim, temos a junção de duas funções horárias:
Tal equação é denominada de Torriceli e retrata a velocidade do objeto em função do trajeto, diante disto é interessante saber que é a orientação da trajetória para classificar esta como positiva ou negativa.
Fonte: https://www.infoescola.com/fisica/movimento-uniformemente-variado-muv/
NEIDE, Italo
Gabriel, et al. Atividades computacionais para estudar o movimento retilíneo
uniforme (MRU) e uniformemente variado (MUV) com alunos da educação básica. Programa de Pós Graduação em Ensino de
Ciências Exatas – UNIVATES. 2016. Disponível em: <https://www.univates.br/ppgece/media/pdf/2016/atividades_computacionais_para_estudar_o__movimento_retilineo_uniforme_mru_e__uniformemente_variado_mruv_com_alunos_da__educaCAo_bAsica.pdf>.
Acesso em: 20 de Março de 2019.
BARROSO,
Marta F.; RUBINI, Gustavo; SILVA, Tatiana da. Dificuldades na aprendizagem de
Física sob a ótica dos resultados do Enem. Revista
Brasileira de Ensino de Física, vol. 40, nº 4. 2018. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rbef/v40n4/1806-9126-RBEF-40-4-e4402.pdf>.
Acesso em: 20 de Março de 2019.
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